Uma ideia na cabeça e um lápis na mão

Foto: Ferramentas de trabalho - by Lucas Filho

Há muito tempo, histórias surgem em minha mente e com a A Cidade não foi diferente. Na verdade, esta não é a primeira história que começo a escrever. Mas é a primeira que irei terminar.

Como das outras vezes, a história me veio sem cerimônias. Os fatos, os personagens, a maneira de escrever, vem orquestradas em minha mente. As vezes até em momentos inoportunos como por exemplo quando estava indo para o carro afim de deixar os meus filhos na escola e tive que voltar e anotar um diálogo - perdão meus filhos um dia os recompensarei.

Lendo o blog de outros escritores, uma dica me ajudou bastante. Dizia assim:

"Se você sabe como vai terminar, então você tem uma história."

Parece loucura. Mas A Cidade está surgindo em minha mente de trás para frente. Sim, já tenho anotado o final do livro e algumas cenas que levam na direção do mesmo. Como também já sei como começa. Então, com um pouco de paciência, com certeza a história terá o seu início.

As ferramentas

Nesta primeira postagem resolvi mostrar quais ferramentas eu estou usando para escrever a história. Parece uma coisa boba, mas assim como eu estou começando neste maravilhoso mundo da escrita e preciso de ajuda sempre, quem sabe esta postagem também pode ajudar alguém.

A imagem que ilustra o nosso blog, mostra as ferramentas que estou usando. Vamos a elas:


O trio: lápis, borracha e apontador
Tenho um conhecimento em informática razoável, ministro aulas particulares e já fui instrutor em grandes empresas. Mas uma coisa me fez primeiro escrever com lápis e depois digitar no micro: o som do lápis quando risco o papel. Parece algo ultrapassado, mas quando estou cansado, me atento ao som do lápis e de uma forma mágica, as forças se renovam.

Borracha, indiscutivelmente branca. A de duas cores poderão manchar as páginas ou até rasgar dependendo de sua raiva quando tiver que apagar algo rs...

O apontador, poderia ser trocado por um estilete, mas se você como eu, sempre for levar o seu bloquinho pois sabe que a inspiração não tem hora para chegar, este poderá ser mais prático. Imagine a situação: Você sentado a espera de um atendimento em um consultório e está ali escrevendo ferozmente as suas ideia e nota que a ponta do lápis acabou. Habilmente, retira o estilete e começa a fazer a ponta de "sua espada" e joga para cima das demais pessoas todas as farpas obtidas por seu ato criativo. Com um apontador, além de ser mais rápido, poderia então fazer a ponta do lápis e guardar a sujeira na outra mão e continuar escrevendo. Ao levantar-se, deixaria na lixeira os seus vestígios. 

Agenda velha
Pode ser um bloquinho, um caderno pequeno, mas para as anotações, nunca pense em um caderno grande. Primeiro pela questão de transporte - vai ficar mais difícil de levar as suas anotações de um lado para o outro e segundo, você certamente vai desejar escrever a história completa no caderno. Mas que mal há nisso? Se está escrevendo a sua história em um caderno e o leva para fora de sua casa casa, já imaginou o que aconteceria se você perdesse o caderno faltando um "the end" para acabar com a sua história?

Foto: PixaBay

Pois é. Um bloco de anotações é justamente para você escrever as ideias. O desenvolvimento delas é feito em outra parte que pode ser já no seu computador ou no meu caso, em um caderno.

Caderno

Estava já me preparando para escrever as primeiras linhas do livro quando senti a falta de um caderno. Procurei em supermercados aqui perto mas faltava algo que até encontrar "o caderno", não sabia o que era. Então em uma ida a um shopping encontrei o modelo que eu estava procurando. O caderno que uso é de capa bem flexível e de espiral de arame. Isto possibilita - caso eu tenha a necessidade, de enrolá-lo e colocá-lo em uma mochila quando eu for para alguma viagem no período que estiver escrevendo.

Neste modelo não há divisão de matérias. Para isto, o fabricante disponibiliza peças de plástico que podemos usar como divisões. Assim, posso anotar algumas coisas em uma pequena quantidade de páginas e colocar esta divisão e com um pouco de criatividade, colocar um post-it para identificação.

Post-it
Há produtos que são tão famosos que viram sinônimos de objetos. Eu poderia chamar estes papeizinhos de: Adesivos autocolantes para recados que renderam uma fortuna para o seu inventor. Mas resolvi chamar de Post-it mesmo porque fui usar outra marca e vejam só, tive que usar cola para fixar. Então, mesmo sem ganhar pela propaganda, vai a dica de usar ferramentas de qualidade.

Uso geralmente na agenda quando escrevo por toda a página e depois quando releio vejo que faltou algo em uma parte. Então, fixo um adesivo e escrevo o que eu terei que fazer ao passar as anotações para o caderno ou computador.

Homem das cavernas! Nunca ouviu falar de computador não?

Foto: PixaBay

Poderia usar programas que facilitariam a minha vida como o EverNote que instalei em um outro computador aqui em casa. Com ele, posso dar asas a minha imaginação. Por exemplo, posso escrever o texto e separá-los por capítulo ou partes. Se estiver fora de casa em um restaurante por exemplo e tiver uma ideia, posso anotar em um guardanapo, fotografar o mesmo e quando chegar em casa fazer com que esta foto possa fazer parte do meu acervo de lembretes deixando tudo a mão. Se eu acesso um site e pretendo guardar as informações deste para o meu livro, posso fazer isto com um botão que se adequada a minha barra de ferramentas do navegador. Assim, junto tudo o que eu preciso em um documento com tudo relacionado ao meu livro.

Tudo é muito bom, mas não tem "o som do lápis."

Cópias de segurança

Foto: PixaBay

Tem gente que escreve toda a história em um único arquivo e isto é um erro principalmente se o arquivo contempla todos os capítulos. Imagine que só faltam algumas poucas palavras em sua trilogia e quando do nada..., boom, faltou energia. Saiba que os editores de texto possuem o salvamento automático. Mas se por infelicidade no momento do procedimento falta energia, você corre grande risco de ter o arquivo corrompido.

Então, escreva por partes - capítulos por exemplo. Depois ao final de todos os capítulos digitados vá inserindo os mesmos eu um documento final. Este procedimento pode ser feito copiando e colando, mas tem uma ferramenta para isto tanto no Word (Office Microsoft) como no Writer (LibreOffice). Este último é o que eu uso por alguns detalhes que irei escrever aqui com o tempo que irá facilitar e muito a sua digitação. No Writer, o nome do recurso está no Menu Inserir/ Documento - irei detalhar isto depois.

Entretanto, salvar a seu arquivo apenas no computador é um erro dos mais graves. Você deve ter uma cópia sempre atualizada em algum serviços de internet como o DropBox ou Google Docs. Uso o Google Docs copiando e colando o texto diretamente no arquivo de texto. Assim, se meu computador der pane, tenho o texto salvo em outro local. Outra maneira é ficar enviando o arquivo por e-mail para você mesmo. E no Google Docs o salvamento é automático então - em tese, não preciso ficar me preocupando em salvar.

Uma dica de ouro 

Sempre tenha o mesmo arquivo espalhado por aí. Quanto maior estiver o seu arquivo maior a possibilidade de perdê-lo. Então, mande para seu e-mail, imprima ao final de cada capítulo e vá guardando em local seguro, separe as partes e tudo mais que puder fazer para que não tenha que reescrever tudo.

Concluindo

Bom, por hora acho que está bom. Espero que tenha curtido a nossa primeira postagem. Sei que não falei da história em si me atentando a detalhes mais técnicos na construção dos mesmos, mas acho vital para quem deseja começar na escrita saber quais ferramentas você pode usar.

E você, quais ferramentas usa para escrever? Deixe nos comentários.